Dando Imagem as Palavras!!

Quando montei o blog estava decidida a não me mostrar fisicamente nele...mas ele tem sido lido por pessoas muito queridas! E ai, como nem todo mundo tem orkut, etc...resolvi dar um presente a quem gosta de mim.

Eis uma foto (que por sinal eu adorei) tirada por uma amiga no último final de semana.

Nela vocês podem me ver com meu filho Robinho...meu presente mundano e divino que fez meu 2008 ser um ano para sempre inesquecível!

A Thé a próxima!

Tempos de crise: Vamos embora para Praga ou pintar moranguinhos em panos de prato?

A crise chegou!

A maioria de nós pobres mortais trabalhadores não se quebraram ainda para mais além do que já estávamos quebrados! Afinal, este ano aprendi que todo mundo deve a alguém! Eu que sempre fugi de empréstimo e de dívidas, me vi este ano devendo banco, cartão de crédito e me desesperei! Comecei a surtar e a esbravejar minha situação para os mais próximos...descobri que todos meus amigos deviam! Todos tinham pelo menos um do casal com o nome no SPC (quando não é os dois, como a maioria). Tenho uma amiga que trabalha na cidade bem próxima vizinha...tem horário para poder ir de carro até lá, porque não conseguiu pagar nenhuma taxa do mesmo este ano!! Para escapar da polícia, evita os horários que eles mais agem, ou usa o celular para avisar o marido!! É a maior operação "fura bloqueio",hahaha!
E assim fui percebendo que a classe média que tinha possibilidade de crédito é devedora em sua maioria! O restante do proletariado brasileiro, não tem crédito! E mesmo sem santo, faz milagre! O resto, são os poucos que levam tudo, os "FDP" como o Dantas do Banco Opportunity, que com a justiça brasileira, conseguem nos roubar e ainda se saem bem! Me lembra o Reginaldo Farias, fugindo de jatinho, dando uma banana no final da novela "Vale Tudo"!
O duro é que com a crise econômica, vem o desemprego, não tem jeito. A história já demonstrou isto.

E ai, tenho vivido entre diferentes circunstâncias interessantes:

• Abandonei a idéia de tentar um trabalho através de bolsa - era um lugar de sonho, mas abandonar um trabalho mal remunerado mas estável por um um pouco mais remunerado, mas sem direito e estabilidade nenhuma e com a duração curta e definida, não é uma boa estratégia em tempos de crise. Viver perto da praia vai ter que ficar para depois. Isto é bem mais triste do que interessante.
• Minha irmã que vive em Praga, parece estar vivendo no paraíso. Segunda ela, lá não tem desemprego. Então ela está numa confortável situação de poder escolher o seu próximo trabalho! Eu que estou de fora, só consigo entender Praga pelos depoimentos dela e pelo que sai na mídia. A taxa de desemprego caiu mesmo, dizem que é a menor em 12 anos. Mas a inflação lá é maior e tem crescido mais rapidamente do que aqui. Eu fico preocupada, mais do que ela. E não devia, já que também gostaria muito de poder escolher um outro emprego!!!! Será ela a alienada, ou serei eu, uma noiada? Bom, tem mais uma informação importante: ela é recém-casada...tudo é bem mais lindo nesta época!!!!
• Outra situação que li, achei o máximo: uma cartunista numa revista feminina, dando seu currículo..."cartoons para jornais, designer para revistas, folders, e em tempos de crise, pintura de moranguinhos em panos de prato!!!" Achei o máximo!!!!

Bom eu acho que a crise poderá mudar este mundo horrível...mas isto fica para um outro post!

Vivamos a crise, sem perder o jogo de cintura, o amor e o humor!!!

"Felicidade se encontra em horinhas de descuido"...(JGR)

Dia 11 de novembro de 2002, nasceu Robson, o nosso Robinho! Dia 24 de abril deste ano(2008) ele passou a morar conosco. Semana passada portanto, ele fez seu primeiro aniversário com a gente! Que trabalheira deliciosa! E isto porque decidimos fazer na escola (o que deixa a festa mais fácil)! Mas como é gostoso ser criança...morri de saudades da minha infância, vendo aquela bagunça toda!

O mais legal desta semana que passou foi que no dia 12, na quarta-feira, um dia depois do aniversário, foi a audiência de adoção do Robinho! Eu estava muito nervosa, apesar de já saber que o processo estava indo bem e que o parecer da adoção era favorável a nós! Fui do casal a escolhida pelo Juiz a responder as perguntas. Mas havia um defensor público na audiência, que de maneira "descolada", tentava "quebrar o gelo" do processo, dizendo que estava tentando questionar a adoção mas estava sendo impossível. E após todo o questionamento do juiz, o defensor arranjou algo a me questionar: o fato de termos apenas um contrato de união estável, e nunca termos nos casado. Ele me perguntou o que tinhamos contra a nos casarmos!! Olhei para o Zé e pensei, não conseguirei omitir o que penso. Bem honestamente disse ao juiz: Não tenho nada contra o casamento, se precisasse para adotarmos Robinho assim o faríamos. Mas como convicção ideológica, sempre achei que o que deve manter o casamento é o amor, e que eu não deveria submeter meu sentimento ao Estado!

Zé olhou para baixo disfarçando e nosso advogado perguntou logo em seguida para eu dizer ao juiz quais eram as atividades semanais do Robinho desde que ele foi morar conosco....Enfim, depois da audiência que terminou bem, rimos do acontecido, já que eu estava no lugar de controle do Estado dizendo que "dava uma banana para ele" em se tratando de minha vida afetiva!

Agora em se tratando do processo de adoção, estávamos apresentando o que era necessário (como o contrato de união estável) e a exigência da pergunta, ou qualquer coisa que pudesse ser questionada, baseia-se sempre numa visão conservadora do que deve e como deve ser uma família.

Meu filho passou quase um ano e meio num abrigo. Depois que o conhecemos e decidimos pela sua adoção, soubemos tempos atrás que uma tia por parte de pai estudou entrar na justiça pedindo sua guarda. Enquanto ele vivia no abrigo (o que ele odiava) estava tudo bem. Quando demos um lar, alguém da familia se incomodou e ai pensou em se mobilizar para a adoção. O parecer foi favorável a nós, mas poderia não ter sido assim. Meu filho nunca requisitou-me visitar a família e nem expressou saudades por ninguém. Nem consigo imaginar o que seria para ele ter que nos deixar. Para mim seria como arrancar um pedaço de mim.

Espero que exemplos como meu se multipliquem. Adotar não é um conto de fadas mas também não é um trauma e nada difícil de se viver. É experimentar dar amor a alguém que já vem disposto a amá-lo. Nunca recebi tanto carinho de alguém como de meu filho. Robinho me ensinou que a vida pode ser muito dura, mas que vale a pena lutar e amar, sempre!

Parabéns meu filho, pela conquista de seus seis anos de vida!

A vida é bela!

Difícil ver a vida assim. Fiquei um bom tempo sem escrever no blog porque estou numa fase meio "de cão". Fim de semestre, duas disciplinas, um projeto de pesquisa que não deslancha, salário ultra-baixo, tudo aumentando, um enorme desânimo para acreditar que tudo vai melhorar....Tudo isto é o que sai das minhas entranhas emocionais diretamente para os dedos que teclam este notebook na casa dos meus pais. Depois de sei lá quantos anos, estou passando mais de uma semana na minha terra natal, na casa onde praticamente nasci, em pleno final de outubro, para acompanhar meu pai numa cirurgia delicadíssima na coluna, esfarelada por uma ordinária doença de velhice, a osteoporose. Ele se recupera bem agora, depois de muitas dores nos primeiros dias de pós cirurgia na colocação de 8 pinos na coluna. É difícil para a família inteira e muitos amigos ver meu pai, ultra-dinâmico, ficar estirado em uma cama. Mas está tão compreensivo, que para um homem que acabou de fazer 72 anos sempre negando a possibilidade de se aposentar, surpreende a mim e a minha mãe ver ele ainda com paciência, após 10 dias de operação. Vamos ver "athé aonde ele vai aguentar" assim!!


No entanto, dentro desta fase dificil, foi muito bom poder estar do lado deles acompanhando-os neste momento. Foi um presente da vida esta possibilidade. E tenho apreendido cada vez mais, eu que sou meio "worker oriented", que é a maior bobagem deixar os compromissos de trabalho, a carreira, serem supervalorizados no corre-corre da vida. Me incomoda muito atrasar prazos, deixar alguns compromissos de lado, porque estou sempre prevendo que isto me ajude a chegar onde ainda quero chegar...a melhorar meu salário que anda péssimo e o qual tem me incomodado muito, enfim, passei um ano numa nóia que não me ajudou em nada.


Que bom que pude estar aqui com meus pais. Agora volto para casa para ficar ao lado do meu filho e meu companheiro. Sim, a vida é bela!