terça-feira, 9 de setembro de 2008

Venha quando puder, chegue quando quiser!


Está tudo do jeito de sempre,
Muito pouco se pode dizer: - Lindo!
Mas nem tudo é difícil,
Ainda é possível os verbos em ar(s),
Amar, sonhar, esperar...

Por isso,
Venha quando puder,
Chegue quando quiser,

Estamos aqui a preparar
Um espaço no mundo para quando você chegar,
Não te preocupe, este não estará de todo pronto,
Por tuas mãos, alma e mente, farás o teu presente.

Então,
Venha quando puder,
Chegue quando quiser,

Estamos aqui a te esperar,
Com paciência, tentando a sapiência,
Mas aprendas então esta lição,
Tudo na vida que a gente mais deseja,
Às vezes demora, mas quando chega, nos transforma,

Venha quando puder,
Chegue quando quiser!

Pirapora, novembro de 2006


Há dois anos atrás, em meados de setembro de 2006, eu descobri que estava grávida.Dois meses depois, em novembro daquele ano, fiz o meu primeiro ultrassom e descobri que a gravidez tinha se interrompido naturalmente. Ficamos muito tristes e depois de alguns dias escrevi o texto acima. Este ano (2008), em abril, resolvemos começar a procurar uma criança para adoção. Na mesma semana soubemos de Robinho.
Ele chegou quando pôde. Ele chegou quando quis. Me tornou um ser humano melhor. Me tornou uma mulher mais feliz. Descobri que não há formas definidas de ser mãe. E entendi que adotar é aprender que não há limites para o verbo amar.