“Um Blue amarelo-quente”
Ana Thé, Pirapora, março de 2007
Concentrada em meus sentidos,
Para entender afinal,
Se há cor na minha dor.
Esta não é preta,
Não é de falta,
Não é de luto,
Não é de perda.
Não é de paixão,
Nem de raiva,
Nem de violência.
De melancolia,
De vida sertaneja sucumbida.
É um “Blue” amarelo-quente,
Empoeirado, seco,
Por instantes molhado, tênue.
E então entendo,
Que esta minha dor,
É porque me sinto certa,
Me sinto sertão,
Me sinto “Blue”,
Me sinto gente.
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